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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Por quê se precisa da reforma política?

Estava vendo no fim de semana um grupo fazendo “campanha” contra o aumento de 20 para 27 vereadores em Ribeirão Preto – SP.
Então pensei cá com meus botões, ia fazer diferença baixar de 20 para 15 o número de vereadores? Ou mesmo ir para 27?
A questão principal a meu ver, não é o número de vereadores e sim a forma de financiamento, pois o que leva a corrupção é o modelo de financiamento privado e motivado por interesse.
Pergunte-se amigo(a) qual o motivo de tanta benevolência e diria eu uma síndrome de madre Tereza de Calcutá que assola, os usineiros, latifundiários, grandes corporações, empresários, construtoras, etc. a doarem milhões de reais para um político ou um partido? Que não seja, um interesse em especial, quem sabe um benefício futuro, um gesto de complacência dentre outras coisas.
Quem são os maiores interessados para que continue o sistema do jeito que está e por quê? Que motivo teriam políticos e agremiações partidárias, na continuidade desse modelo? Um modelo que não gera confiança, mas gera suspeita quanto ao fim dessa doação.
Creio então que ao invés de tal grupo fazer “campanha” contra o número de vereadores, tem de fazer um extenso debate acerca da reforma política e principalmente a meu ver o financiamento público exclusivo de campanha, o que deixaria órfão os interesses dos doadores e daria liberdade para um político não se sentisse coagido em votar contra um projeto de interesse seja de que classe for (ex: mudar o uso e a ocupação do solo de uma cidade para favorecer alguma construtora, que um governante não envie projeto que ceda área pública para interesses privados para pagar o favor das doações) e sim vote e faça projetos sempre com o compromisso com a população e não com seus financiadores.
Antes que alguém reclame que isso vai tirar mais dinheiro da saúde ou educação, pense quanto os governos sejam de que esfera for perdem de recursos por favorecimentos de A ou B, e a corrupção engendrada no sistema de favorecimento de A ou B em licitação etc. pense nos recursos deixados de se arrecadar são infinitos.
Isso sem dizer que os recursos voltados para esse financiamento de campanha tem de ter dotação própria e com isso, não avançando sobre os recursos de educação e saúde por exemplo.
Então eu creio que o financiamento público exclusivo seja uma alternativa viável para melhorar muita coisa dentro do sistema político hoje, afinal não é possível que um político milhares de reais e partidos milhões de reais, é só ver os números das ultimas eleições, gente é muito milhão que no final vai rimar com corrupção ou mesmo os favorecimentos.
Lembrando que tem partido querendo financiamento misto (público e privado no caso pessoa física) vai continuar no mesmo erro.
Essa reforma política se sair com financiamento exclusivo público vai ser uma das melhores presentes que o Brasil pode ganhar e em curto prazo muita coisa pode mudar.
Finalizando vi essa semana uma celeuma em uma cidade próxima à Ribeirão Preto em que a câmara municipal quer construir um novo prédio, e a população estava revoltada achando que tal dinheiro deveria ser usado para fazer escolas ou posto de saúde, só vale ressaltar que o dinheiro para construção já estava na dotação orçamentária da câmara e também vale lembrar que a câmara é autônoma e tem seus recursos e que esses recursos são para uso da mesma, é o que acontece com a dotação orçamentária da prefeitura, governo de estado, assim como recurso para saúde e educação e que os recursos já dotados para a saúde por exemplo não podem ser usados para construir escola já que o recurso em questão é da saúde. Então a câmara com os recursos que a esta cabe e já com dotação orçamentária como exemplo construção do prédio, não tem sentido a população querer que tal recurso seja repassado para a construção de escola. O que a população deve fazer é pressionar o poder executivo a destinar mais recursos para educação por exemplo.Enfim amigos(as) espero ter contribuído para o debate acerca da reforma política.

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